Reconhecimento foi um dos pontos altos da reunião que abriu os trabalhos do Comitê em 2024.

Depois de 12 anos como coordenador da Comissão de Estudo de Tintas Imobiliárias do Comitê Brasileiro de Tintas (CB-164), no último dia 28/02 Wiliam Saraiva passou o cargo para Roberta Tavares, pesquisadora no Instituto Senai de Inovação em Materiais Avançados e Nanocompósitos.

Pela valiosa contribuição de Wiliam, a Abrafati – como responsável pelo CB-164 – prestou-lhe uma homenagem durante a reunião do Comitê, na qual Anne Costa, coordenadora de Assuntos Técnicos da associação, entregou a ele uma placa de reconhecimento.

Os trabalhos dessa Comissão de Estudo (identificada como CE-164:001.001) estão em pleno andamento, com a revisão de normas técnicas atuais e a elaboração de novas, agora sob a coordenação de Roberta e mantendo Juliano Acêdo, supervisor de Pesquisa e Desenvolvimento da Sherwin-Williams, como secretário. No primeiro semestre de 2024, as reuniões acontecerão mensalmente, de modo híbrido, a fim de permitir a participação de maior número de especialistas da indústria de tintas e de seus fornecedores, assim como de representantes de instituições de pesquisa.

Entrando em seu 13º ano de atuação, o Comitê já se mostrou como essencial para a isonomia competitiva e o desenvolvimento tecnológico do setor, com os avanços trazidos pelo processo de normatização. A evolução gradual prosseguirá, tanto para as tintas imobiliárias (hoje impulsionadas fortemente pelo PSQ) quanto para os demais tipos de tintas.

Programação de 2024 dos Cursos Avançados de Tecnologia em Tintas da Abrafati inicia-se em breve.

De 20 a 26 de março, a Abrafati promoverá a 3ª edição do curso rápido e avançado de Planejamento Experimental (DOE), oferecido on-line. É uma iniciativa pioneira na disseminação de conhecimentos sobre as oportunidades de uso da metodologia Design of Experiments na indústria de tintas, que faz parte da categoria de Cursos Avançados de Tecnologia em Tintas, desenvolvidos para atender às demandas de profissionais mais experientes.

Em cinco aulas no período noturno – das 19h00 às 22h30 –, será possível entender as formas de otimizar o processo experimental em termos de custo, agilidade e quantidade de informações obtidas em cada estudo, incluindo estatística DOE, utilização da metodologia na formulação e na aplicação robotizada de tintas, ortogonalidade e planejamento matricial.

Criado em 2022, o curso tem carga horária de 15 horas, com aulas ministradas por profissionais de alto gabarito, todos eles químicos com sólida formação, atuação reconhecida como consultores e experiência significativa na docência universitária: Alexandre Baccaro, Marcos Fernandes de Oliveira e Ricardo Aurélio da Costa.

Com foco em um tema muito atual e relevante, o curso dá direito a um certificado que agrega muito ao currículo de qualquer profissional.

As inscrições já estão abertas. Ex e atuais alunos do Curso de Tecnologia em Tintas têm direito a desconto, assim como profissionais de empresas associadas e participantes do PSQ.

Inscrições estão abertas para as aulas online, que se iniciam em 02 de abril e se estendem por 10 semanas.

Centenas de profissionais que hoje ocupam posições de destaque em empresas do setor já passaram pelo Curso de Tecnologia em Tintas da Abrafati, a mais tradicional iniciativa de capacitação para quem atua na indústria.

Essa oportunidade de atualizar e ampliar conhecimentos é oferecida, mais uma vez, a especialistas das áreas técnicas e de gestão dos fabricantes de tintas e de seus fornecedores, com a realização da 41ª edição desse curso.

São 29 aulas no total, que ocorrem online de 02 de abril a 04 de junho, no período noturno (das 19h00 às 22h30), facilitando a participação de interessados de qualquer parte do Brasil e até de países vizinhos.

As aulas são ministradas por profissionais com experiência no setor e sólida formação técnica, o que permite que o conteúdo esteja de acordo com a realidade da indústria de tintas no Brasil e seja constantemente revisado. Nesta edição, por exemplo, foram acrescentados novos temas: carbon black/jetness e reologia de tintas.

A programação envolve um abrangente menu relacionado às matérias-primas e aos processos produtivos – polimerização, resinas, cargas minerais, pigmentos, aditivos, solventes, coalescentes, formulação, entre outros –, assim como características e aplicações dos diversos tipos de tintas. Inclui ainda temas mais transversais, como sustentabilidade, qualidade e gestão de projetos, sempre com abordagem específica para as tintas.

As inscrições estão abertas e até 15/02/24 têm um valor promocional. São oferecidos descontos para empresas associadas e para fabricantes que participam do PSQ, assim como para grupos de alunos de uma mesma empresa.

Dados da Abrafati mostram linhas Imobiliária e Industrial em destaque no ano, que foi o segundo melhor da indústria na história.

Os números do mercado brasileiro de tintas em 2023 superaram as previsões feitas ao longo do ano, graças a um segundo semestre forte, em especial para as tintas imobiliárias e industriais.

Os produtos do setor tiveram boa demanda, para uso nas mais variadas aplicações, elevando o volume total a 1,871 bilhão de litros vendidos. Esse número, que já reflete a revisão feita recentemente nos dados relativos às tintas industriais, representa o segundo melhor resultado da série histórica, apenas um pouco abaixo (-0,4%) do registrado em 2021.

Na comparação com 2022, as vendas totais de tintas de revestimento cresceram 3,4%, o que significa cerca de 62 milhões de litros a mais do que no ano anterior. A maior parte desse volume veio das tintas imobiliárias, cujo volume vendido aumentou 3,6%. O destaque para essa linha ficou para a Região Sudeste, onde a expansão foi da ordem de 5,6%. Confirmou-se a manutenção da tendência de cuidar da casa, que ganhou tração durante a pandemia de Covid-19 e segue estimulando as pessoas a tornarem o local onde vivem agradável e personalizado.

Outro ponto alto de 2023 foi o desempenho das tintas industriais, com volume 3,2% superior ao de 2022: quase todos os subsegmentos dessa linha tiveram crescimento de 3% ou mais, com exceção das tintas para autopeças e para peças plásticas, que foram afetadas pelo mau momento do setor automotivo.

As tintas de repintura automotiva também viram as suas vendas aumentar, na faixa de 2%, descolando-se do desempenho das tintas automotivas originais, que acompanharam a pequena queda na produção de veículos no Brasil.

Para 2024, a expectativa atual da Abrafati é de novo crescimento das vendas, na faixa de 2,0% a 2,5%.

Volume informado anteriormente estava subdimensionado, o que já vinha sendo apontado por importantes players do mercado.

Depois de dar um salto de qualidade na produção das estatísticas das tintas imobiliárias, com a contratação, em 2022, da FIA/USP para cuidar do seu sistema, a Abrafati estabeleceu como meta aprimorar os números referentes à linha de tintas industriais. Já havia indicações de que o volume que a associação divulgava estava abaixo do real, a partir de sondagens feitas com fabricantes de tintas e fornecedores de matérias-primas. Além de aumentar a confiabilidade dos dados, buscava-se ampliar a informação disponível, com a subdivisão do volume total dessa linha em diferentes subcategorias.

Com o apoio da consultoria Rácz & Yamaga, chegou-se a um número mais preciso para as tintas industriais: 347 milhões de litros produzidos em 2022, o que representa um aumento de mais de 80% em relação ao dado utilizado anteriormente (185 milhões de litros). O mesmo trabalho de revisão permitiu identificar os volumes correspondentes a oito subsegmentos: Indústria Geral, Manutenção e Marítima, Tinta em Pó, Madeira, Embalagens Metálicas, Veículos Especiais, Autopeças e Plásticos.

O crescimento da produção das tintas industriais em 2023 ficou por volta de 2,5% (número preliminar), o que elevou a produção total no ano passado para algo próximo a 355 milhões de litros. Isso significa que essa linha representa 19% da produção total de tintas no Brasil (contra cerca de 75% das tintas imobiliárias).

O processo de aprimoramento dos dados estatísticos prossegue em 2024, com novas ações, com ênfase no segmento de tintas de repintura automotiva, para oferecer informações cada vez mais abrangentes, robustas e confiáveis aos associados e ao mercado.

Iniciativa promove a melhoria contínua e fomenta a adoção das melhores práticas pelos fabricantes.

O Programa Setorial de Sustentabilidade Abrafati (PSS) realizou entre outubro e o início de novembro o seu segundo ciclo de avaliação, com a participação de 31 fabricantes de tintas.

O setor atingiu o nível Intermediário, como já havia ocorrido no ano anterior, mas houve crescimento – de 48% para 52% – no percentual de atendimento das melhores práticas nos 44 indicadores considerados na avaliação. A melhoria de um ano para o outro se deu especialmente nos quatro subtemas que foram trabalhados setorialmente em 2023, com a realização de workshops específicos: Governança Corporativa; Diversidade e Inclusão; Qualidade do Ar e Emissões; e Cadeia de Fornecimento Sustentável.

O resultado deste ano confirma que, em alguns aspectos, a indústria de tintas já está em um estágio bastante evoluído. O desempenho foi muito bom, por exemplo, em Saúde, Segurança e Qualidade de Vida do Trabalhador; Relações Trabalhistas; e Desenvolvimento, Educação e Fortalecimento da Ciência. Porém, ainda existe bastante espaço para melhorar em outros temas, até porque o nível de exigência é alto, justamente para estimular o aperfeiçoamento. Um dos temas a ser trabalhado, como apontou a avaliação, é o Relacionamento com Revendedores e Profissionais de Pintura.

Essa avaliação anual fornece um retrato da situação do setor, o que possibilita o planejamento e o desenvolvimento de ações de maneira conjunta e individual: a Abrafati elabora planos de ação anuais para avançar em pontos específicos da agenda de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, cada fabricante pode identificar ações prioritárias e valorizar práticas já adotadas – tornando o PSS uma importante ferramenta de melhoria contínua e gestão interna das empresas.

Para estimular e medir esse processo de evolução, já foi estabelecida a meta de alcançar, setorialmente, o nível Avançado até 2030.