Antonio Carlos de Oliveira *
Tradicionalmente, o segundo semestre é o período em que as vendas de tintas são mais fortes, mesmo em anos de incertezas políticas e econômicas, como o atual. Isso não é novidade para fabricantes, fornecedores de matérias-primas e revendedores de tintas, que sabem que muitas famílias costumam arrumar sua casa nessa época, para receber parentes e amigos em um ambiente mais bonito nas festas de fim de ano – o que frequentemente envolve a pintura de ambientes internos e de fachadas, assim como de móveis e outros elementos de decoração.
A verba extra proveniente do recebimento do 13º salário contribui para isso e também para os cuidados com o carro, envolvendo muitas vezes pequenos reparos que exigem a utilização das tintas de repintura automotiva.
Como já estamos há bastante tempo com vendas abaixo do esperado, não dá para confiar somente no hábito dos consumidores e ficar esperando os pedidos. Essa tradição precisa ser estimulada, adotando-se uma postura proativa.
Fabricantes e revendedores podem e devem desenvolver iniciativas – sempre que possível em conjunto – para que as tintas sejam incluídas nas listas de prioridades dos consumidores. Isso envolve promover fortemente as tintas, destacando os seus atributos e as características positivas associadas à pintura imobiliária: cor, alegria, beleza, decoração, renovação dos ambientes, higiene, proteção e conservação das superfícies pintadas, valorização do imóvel e muito mais. O mesmo vale para as tintas de repintura automotiva e os benefícios que trazem para o veículo, em termos de conservação, valorização e embelezamento, além das possibilidades de diferenciação.
Uma parcela fundamental desse trabalho de encantamento e convencimento dos consumidores cabe aos fabricantes de tintas. Além de ações de propaganda e promoção, eles precisam, com o apoio dos seus fornecedores, continuar investindo em inovação, que resulte no desenvolvimento de tintas cada vez mais avançadas, que cativem e surpreendam o potencial comprador. É a isso que chamamos agregar valor às tintas: incorporar novas características e funcionalidades a elas (como secagem rápida, baixíssimo odor, ação antibactéria etc.), tornar mais fácil a sua aplicação, criar e oferecer utilizações diferenciadas (tintas magnetizadas, tintas que conferem o “efeito lousa” etc.), ter produtos para aplicações específicas (pintura de telhas, azulejos, pisos, gesso, tetos, decks de piscinas, hospitais etc.), inovar nas propriedades adicionais conferidas pelas tintas (com efeitos, por exemplo, na adequação da luminosidade ou da temperatura do ambiente). Tudo isso com qualidade assegurada e seguindo os princípios da sustentabilidade.
Com os esforços que todos os elos da cadeia de tintas já vêm fazendo, e que serão intensificados neste segundo semestre, temos certeza de que chegaremos ao final do ano com um bom resultado em vendas, mantendo a tradição e abrindo o caminho para que 2018 seja melhor.
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* Artigo publicado originalmente na revista Química & Derivados, edição de julho/2017