OTIMISMO MODERADO, A MARCA DO FÓRUM Abrafati 2012

Com a presença de executivos e lideranças da cadeia de tintas, em 21/08 realizou-se em São Paulo a 7ª edição do Fórum Abrafati da Indústria de Tintas. O evento debateu a situação atual e as perspectivas do setor, mostrando que, após um primeiro semestre fraco, os resultados devem ser um pouco melhores no restante de 2012, abrindo espaço para o crescimento mais consistente no próximo ano.

“O mercado está instável, mas crescente, com destaque para as tintas imobiliárias e de repintura automotiva. Teremos um segundo semestre mais forte e em 2013 a indústria de tintas deverá se expandir 1% acima do PIB”, afirmou Antonio Carlos Lacerda, presidente do Conselho Diretivo da Abrafati. O tom de otimismo moderado foi confirmado pelo público presente, que revelou suas previsões na pesquisa interativa dataFATI. A maioria estimou crescimento entre 1,6% e 2,5% este ano e um pouco maior em 2013.

Economista-chefe do Bradesco e um dos mais respeitados analistas de conjuntura, Octavio de Barros afirmou que a recuperação da economia brasileira já começou e que será gradual. Na sua opinião, este ano o PIB deverá crescer 1,6%, número que será maior em 2013. “O País tem condições de crescer sustentadamente a 4% ao ano”, afirmou. Ele previu ainda a recuperação da indústria no próximo ano e mostrou que o nível crescente de consumo das famílias é um grande impulsionador da economia e dos investimentos estrangeiros.

Por sua vez, Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), traçou um panorama da indústria química, revelando que seu faturamento dobrará até 2020 e mostrando a proposta do setor para mudar sua situação atual, tendo como um de seus objetivos transformar o país em líder na química verde.

Antonio Carlos Teixeira Alvares, presidente do Siniem (Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais), abordou especialmente a situação favorável das latas de aço em relação à sua adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Destacou que o aço é hoje considerado recurso permanente e não um material não renovável, por ser durável e infinitamente reciclável.

O presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção), Cláudio Conz, mostrou otimismo com as perspectivas da construção civil, lembrando fatos positivos como o recorde em financiamentos e o aumento do crédito para reformas, além de novas medidas a serem anunciadas em breve pelo governo. E salientou a importância da capacitação de pintores e o uso de novas técnicas de pintura para alavancar as vendas de tintas no varejo.

“No cenário atual de incertezas, o Fórum Abrafati teve importância capital para visualizarmos as oportunidades e os desafios atuais e futuros, o que é essencial para o planejamento e a tomada de decisões pelas empresas”, avalia Dilson Ferreira, presidente-executivo da Abrafati.